8/04/2007

Tive um sonho, tive momentos lúcidos, tive sensações em plena luz do dia, tive recordações acordada, e quero contar aos poucos que apreciam meus escritos, poucos, ninguém. Eu sei sim.
Revelações? Não sei, apenas vejo meus ‘companheiros’ de momentos tão distantes, ou impressões tão equivocadas, tão sobrenaturais.
Meu primeiro, apareceu para dizer-me que não sou mais a criatura que ele almeja tanto que seja que um dia o amou, a qual libertinamos unidos, não somente o sentido sexual da palavra, mas a profanação do que acreditávamos ser sagrado, uma forma de desregrar as regras a nós impostas, como em todas as eras, como sempre presenciamos. Nunca fomos reprimidos, mas a descoberta é uma forma de morte. Morremos no dia em que meus olhos abriram em outro rosto. Meus olhos não mais o podem ver. São obedientes a uma regra que não podemos, não mais agüentamos suportar. Eu sei que sempre esta a espreita, o trai, mas sei que ele compreende a regra dos rostos novos, do esquecimento do passado para uma renovação. Acreditavam em mim, por isso tiraram-me dele.
Meu ser soturno de olhos negros, o verdadeiro Rei, o verdadeiro título de nobreza aos possuídos pelo desejo lúgubre. Sinto seus cabelos negros, sem corte e pentado, quando percebo suas mãos passarem sobrenaturalmente pelo meu braço esquerdo. Nunca o vejo, meus olhos obedecem a uma regra injusta aos de nossa categoria, aos de nossos profundos desejos.
Ultimamente, suas companhias aumentaram, vejo-o aflito. Posso ter uma falsa impressão, mas não quero que me abandone, quero que permaneça ao meu lado, mesmo que somente por poucos anos. Afinal, faz tanto que não nos vemos -e esta a reação que tenho, pode ser falsa.
Editado por Condessa, sem condições de prosseguir; dia 03-08-07 20h54mim.

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